quinta-feira, 31 de março de 2011

FISIOTERAPIA PARA IDOSO

DrauzioA fisioterapia vem desempenhando papel importante na vida dos idosos.Por quê?
 Maria Ayaki Sakuraba – Os idosos têm várias alterações posturais e estão mais sujeitos a sofrer quedas. Por isso, é importante corrigir a postura e aumentar sua força muscular para evitar quedas acidentais que são freqüentes no ambiente
doméstico. Respeitando as alterações que podem vir com a idade, como hipertensão, diabetes ou problema neurológico associado, além do fortalecimento da musculatura, o trabalho com idosos inclui alongamentos e condicionamento aeróbico adequado. A proposta é realizar um programa que favoreça a independência funcional e o ganho de força para que eles usufruam melhor qualidade de vida.
Drauzio Esse tipo de fisioterapia requer especialização profissional?
Maria Ayaki Sakuraba – Trabalhar com idosos requer especialização na área. A avaliação física dessas pessoas precisa ser bastante cuidadosa, o número de repetições dos exercícios um pouco menor do que o indicado para o paciente mais jovem e a carga de força diferenciada. Idosos portadores de certas doenças requerem muita atenção. Por exemplo, a artrose impede que sejam utilizadas manobras para fortalecer o músculo da frente da coxa que exijam amplitude total do movimento, porque isso reverteria em sobrecarga para o joelho.
Drauzio Até mesmo exercícios com peso são recomendados para os idosos?
Maria Ayaki Sakuraba – Vários trabalhos mostram a importância da musculação na prevenção da osteoporose nos idosos. Além disso, fazer exercícios com peso os deixa muito motivados, porque se sentem melhor. Os músculos crescem, eles adquirem maior independência funcional com esse ganho de musculatura e retomam algumas atividades, o que extremamente importante para a melhora da qualidade de vida e como reforço psicológico. Muitos dizem: “Eu ia à praia e ficava preso dentro de casa. Hoje, me sinto mais disposto e consigo caminhar 30 minutos pela orla com minha esposa”.

José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?


Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro, sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?



CARLOS DRUMMOND de ANDRADE

Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer (DA) é uma doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro causando: diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações  comportamentais.
 Conhecida erroneamente como “esclerose” pela população em geral, a doença de Alzheimer representa para a comunidade sério ônus social e econômico.
A DA pode manifestar-se já a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica de forma exponencial. Existem relatos não documentados de DA aos 28 anos de idade.
Os sintomas mais comuns são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, diminuição do senso crítico, desorientação têmporo-espacial, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação.
O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença.
Na fase final o paciente torna-se totalmente dependente de cuidados.

Primeira fase

A primeira e mais característica marca do início da doença está relacionada com o comprometimento da memória recente ou de fixação.  Essas alterações não são constantes e se apresentam como falhas esporádicas de memória que se repetem com freqüência variável, sem constância.
Segunda fase
Nesta fase, também se iniciam os episódios de desorientação espacial, especialmente em lugares desconhecidos podendo também ocorrer alterações na orientação temporal. As queixas de roubo de objetos e de dinheiro, total desorientação têmporo-espacial, dificuldades para reconhecer cuidadores e familiares
Terceira fase
Instala-se nesta fase perda do poder de expressão pela fala, pela escrita ou pela sinalização ou da capacidade de compreensão da palavra escrita ou falada e sem alteração dos órgãos vocais, incapacidade de executar os movimentos apropriados para um determinado fim, e perda do poder de reconhecimento perceptivo sensorial, auditivo, visual, táctil etc.
Outra característica que marca a fase intermediária tardia  é o início das dificuldades motoras.
A marcha pode estar prejudicada, com lentificação global dos movimentos, aumento do tônus muscular, diminuição da massa muscular e conseqüentes reflexos na aparência física pelo emagrecimento. As diminuições dos movimentos dos membros superiores ao andar e instabilidade postural são as  alterações mais encontradas.
Quarta fase
Nesta fase a memória antiga estará bastante prejudicada e às vezes totalmente comprometida. A capacidade intelectual e a iniciativa estarão seriamente prejudicadas ou totalmente deterioradas. O estado de apatia e prostração, o confinamento ao leito ou à poltrona, a incapacidade de se expressar, quer por fala ou mímica e especialmente a incapacidade de sorrir são características desta fase.
As alterações neurológicas se agravam: a rigidez aumenta consideravelmente e os movimentos estarão lentificados e por vezes estereotipados. Esta fase caracteriza-se por restrição ao leito/poltrona, praticamente durante todo o tempo.
E o paciente adota uma posição conhecida como paraplegia em flexão ou posição fetal.

quarta-feira, 30 de março de 2011

APELO DE UM IDOSO



Quem é que já não teve oportunidade de conhecer uma pessoa idosa, enferma, dependente, carente, solitária

Talvez tenhamos essa pessoa dentro do nosso próprio lar. Uma mãe ou um pai apanhado pela enfermidade ou pelas debilidades impostas pelo peso da idade.
Esse alguém, que ontem era forte e dinâmico, agora se movimenta com lentidão e, às vezes, nem se movimenta, tornando-se totalmente dependente da vontade alheia.
Se temos uma mãe, um pai ou outro familiar nessas condições, paremos um pouco; olhemos nos olhos dessa pessoa e tentemos ler seus mais secretos pensamentos.
Talvez possamos ler em seus olhos tristes ou em seus lábios mudos um apelo comovente, que não tem coragem de verbalizar.
É, se pudéssemos ouvir o apelo de um idoso, talvez ele fosse mais ou menos assim:
Você, que está na flor da idade, considere que o despertar da vida é como o amanhecer. Tudo fica mais quente e mais alegre.
Mas o amanhecer não é eterno e a ele se sucedem outras fases do dia...o meu apelo é para que as crianças de hoje não esqueçam dos seus idosos de amanhã.
É para que os mais jovens relevem a minha mão trêmula e meu andar hesitante. Amparem-me por favor.
Se minha audição não é boa e tenho que me esforçar para ouvir o que você diz, tenha compaixão.
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência.
Se minhas mãos tremem e derrubam tantas coisas no chão, por favor, não se irrite, tentei fazer o melhor que pude.
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu; pare para conversar comigo; sinto-me tão só.
Se, na sua sensibilidade, me encontrar triste entre tantos que também estão, simplesmente partilhe um sorriso comigo e com eles. Seja solidário, eu necessito apenas de um pouco de carinho.
Se lhe contei pela terceira vez a mesma história, não me repreenda, simplesmente ouça-me. Se não falo coisa com coisa, não se ria de mim.
Se estou doente e caminhando com dificuldade, não me abandone, preciso de um braço forte que ampare meus passos...
Sabe..., já vivi muitas primaveras, e sinto que o outono derradeiro se aproxima...
Eu sei que o ocaso da vida é como o entardecer... Indica que é chegado o momento de partir...
Por isso lhe peço que me perdoe se tenho medo da morte e ajude-me a aceitar o adeus...
Fique mais tempo comigo... Para me dar segurança...
Os cabelos brancos e as rugas em meu rosto não impedem que eu queira repousar minha cabeça num colo seguro...
Sei que o comboio da vida logo irá parar nesta estação, e eu terei que embarcar...
Sei também que terei que ir só, como só desembarquei nesta estação um dia...
Por tudo isso eu lhe peço para que não me negue a sua atenção e o seu carinho.
Eis meu apelo... Que pode também ser o seu, logo mais...

ECLESIÁSTES 12:1 Lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais diras: Não tenho neles prezes;

Quando decidir que o idoso deverá ir para uma instituição de longa permanência?

É uma questão complexa, que necessita de várias considerações. Em primeiro lugar, levando-se em conta a necessidade de se respeitar o idoso como pessoa. Se o idoso estiver dependente, mas ainda estiver com sua capacidade cognitiva preservada, seria melhor deixar que ele decida se quer ou não quer ir para uma instituição. Em segundo lugar, deve-se levar em conta fatores de ordem socioeconômica, de infra-estruturar e de relacionamento. Por exemplo, será que há algum membro da família disponível para cuidar do idoso? Em caso negativo, a família teria condição de pagar alguém para cuidar do idoso pelo menos em tempo parcial? Além desses fatores, há a questão ligada a relacionamento. Será que a família tem um bom relacionamento com o idoso? Em caso negativo, isso pode ser devido a muitos fatores, inclusive ligados ao próprio comportamento pregresso do agora idoso em relação a seus familiares. É muito importante, obviamente desde que o idoso tenha um bom relacionamento com seus familiares. Mas é importante que as visitas sejam regulares; se forem esporádicas o efeito será negativo no sentido de produzir um bem-estar. O idoso Quando está com sua capacidade funcional comprometida, ou seja, quando apresenta dificuldade para executar as atividades da vida diária. Isso pode ser devido a inúmeros fatores, entre os quais se encontram o déficit cognitivo, fraturas geralmente ocasionada por quedas e quadro de fragilidade ou patologias que não permite o idoso se identificar no tempo e espaço. Devido as circunstancia do idoso perdeu sua autonomia e  não conseguir mais decidir por si próprio,ele necessita de cuidaderes para ajudar a realizar suas funções diárias Isso só deve ser feito se o idoso estiver em situação de dependência total ou de semi-dependência. Contudo, se ainda estiver com a capacidade cognitiva preservada, é muito importante explicar-lhe a necessidade disso e fazê-lo com a sua anuência.

terça-feira, 29 de março de 2011

DICA DE ALIMENTAÇÃO

O grupo de pessoas com mais de 50 anos podem ser divididas em 3 grandes grupos: acima da meia idade (de 50 a 65); os jovens idosos (65 a 74) e os idosos (acima de 75).
Esta secção refere-se às necessidades nutricionais dos jovens idosos e dos idosos. O grupo considerado como "acima da idade média" insere-se na secção Alimentação Saudável na idade Adulta.
Os jovens idosos podem ainda ter cerca de 20 anos activos à sua frente, por isso manter-se em forma e saudável é o objectivo principal na alimentação. Os idosos são mais susceptíveis de desenvolverem doenças crónicas, o que significará um maior apoio. Este grupo é o que apresenta uma maior taxa de crescimento na sociedade e tem necessidades nutricionais muito específicas.
Contudo, os conselhos nutricionais devem ser baseados nas características individuais do idoso, e não na sua idade cronológica.

Necessidades Nutricionais
Os requisitos energéticos do organismo diminuem com a idade, particularmente se a actividade física é limitada. Contudo, o corpo continua a precisar da mesmas quantidades de proteínas, vitaminas e minerais, por isso é fundamental que os alimentos sejam densos e ricos do ponto de vista nutricional.
Gordura
Restringir a ingestão de gorduras, em especial gorduras saturadas (gorduras de origem animal) de modo a manter a saúde cardiovascular, continua a ser um excelente conselho para idosos que estão bem e em forma. Acima dos 75 anos de idade, a restrição de gorduras não é aconselhada da mesma forma. A restrição de gorduras não é definitivamente aconselhada para aqueles que são frágeis, sofreram uma quebra de peso, ou têm fraco apetite. De facto, nestas situações, gordura adicional pode ser usada para aumentar as calorias nas refeições de modo a ganhar algum peso.  
Fibras
Muitos idosos sofrem de obstipação e outros problemas intestinais. Para ajudar a minimizar estes problemas, o consumo de cereais, frutas e legumes deve ser encorajado, mas a ingestão exagerada de fibras não é a resposta, já que podem interferir com a absorção de outros nutrientes essenciais. Para ajudar os intestinos a funcionarem normalmente, é também muito importante beber bastantes líquidos, aproximadamente 6 copos por dia.

População idosa tende a crescer em Ribeirão Preto.

Nos próximos dez anos, a população idosa da região de Ribeirão Preto deve crescer 50%. A projeção é do Boletim SP Demográfico, divulgado ontem pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Segundo o estudo, em 2020, a região terá 216.678 habitantes com 60 anos ou mais, ante os 144.425 de 2010. O percentual é bastante superior ao crescimento total da população, que no mesmo período subirá 9,8% —indo de 1.246.995 no ano passado para 1.369.614 em 2020. Além disso, a fatia da terceira idade na população será maior — passará de 11,5% para 15,8%.
“Estamos em uma região rica se comparada ao restante do País, capaz de dar melhores condições de vida à população, que acaba envelhecendo por encontrar mais recursos médicos e alimentação, por exemplo”, explicou o sociólogo Ubaldo Silveira.
Por outro lado, enquanto o número de pessoas com 60 anos ou mais cresce, o inverso verifica-se entre os jovens. De 0 a 29 anos, a projeção é que haja queda de 7,6% —de 591.261 em 2010 para 546.726 daqui a nove anos. “Isso se deve à baixa taxa de nascimentos. Hoje em dia, não é interessante economicamente ter uma família muito grande. Além disso, as pessoas estão mais bem informadas sobre métodos contraceptivos, como os anticoncepcionais”, disse Silveira.
Com o envelhecimento da população em níveis muito superiores aos nascimentos, o sociólogo prevê que o governo encontre problemas sérios na previdência e na saúde. “Será preciso uma nova política especial para a faixa etária acima dos 60 anos.”
Por meio de um sistema de atenção em rede, composto por gestores em todas esferas governamentais, mais entidades civis e a família, a diretora do Departamento de Proteção Social Básica de Ribeirão, Marília Borragini, diz que a cidade está preparada para ter mais idosos. “Priorizamos a qualidade de vida, qualificando as relações sociais pertinentes aos idosos.”
A projeção da Fundação Seade baseou-se em dados do Censo de 2000 e foi revista em 2008, a partir da divulgação dos resultados da Contagem Populacional de 2007, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

domingo, 27 de março de 2011

Um pouquinho de Cora Coralina ...

Ana Lins dos Guimarães Peixoto, ou Cora Coralina era pequenina, eternamente atarefada, permanentemente escritora e voz viva da cidade de Goiás , personagem e símbolo da tradição da vida interiorana. 
Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889,  filha do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacita Luiza do Couto Brandão. 
Cora cursou apenas as primeiras letras com mestra Silvina e já aos 14 anos escreveu seus primeiros contos e poemas. ‘Tragédia na Roça foi seu primeiro conto publicado. Virou Cora aos 15 anos, o pseudônimo “Cora”, derivativo de coração, foi uma exigência para disfarçar a escritora. Depois de algum tempo, adotou o pseudônimo completo, Cora Coralina - coração vermelho. 

Flagrada na cidade pela Revolução Constitucionalista de 1932, alistou-se como enfermeira. A filha mais nova, Vicência, encontrou sua ficha de inscrição recentemente, perdida entre centenas de textos inéditos. Após a revolução encontrou outra causa, começou a lutar pela formação de um partido feminino. 

Ao se tornar viúva, vendeu livros de porta em porta. Mudou-se para Penápolis, no interior paulista, montou uma pensão, depois um pequeno comércio, a ‘Casa de Retalhos’. No início da década de 50, foi para Andradina, abrindo a ‘Casa da Borboleta, que vendia um pouco de tudo para mulheres. 
Cora não cansava de escrever. Aprendeu a datilografar aos 70 anos. Publicou o primeiro livro, ‘Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais’, aos 75 anos. 

Em 1984, recebeu o Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores. 
Cora Coralina faleceu em Goiânia em 10 de abril de 1985. Logo após sua morte, seus amigos e parentes uniram-se para criar a Casa de Coralina, que mantém um museu com objetos da escritora recontando sua história.
Cora é um exemplo de mulher, que nunca desistiu do seus sonhos, nos dando ensinando que não importa a idadde e sim a força de viver .

Ginástica para idosos reproduz movimentos do dia-a-dia

Foto: Reprodução/TV Globo
Atividade favorece coordenação motora e equilíbrio.Hidroginástica trabalha resistência muscular e capacidade aeróbica .


Exercícios físicos são importantes em qualquer fase da vida, mas quando o assunto é qualidade de vida entre os idosos, atividades regulares podem ser um grande diferencial para garantir o bem-estar e a saúde. 

A chamada ginástica multifuncional, conjugada a exercícios em bicicletas e esteiras, é uma aliada da terceira idade para manter o condicionamento físico e o fortalecimento muscular. “São exercícios que reproduzem os movimentos feitos no dia-a-dia, como levantar, sentar ou ficar nas pontas dos pés, por exemplo, mas com pesos e cargas compatíveis à condição de cada idoso” .

Saber Viver


Não sei...se a vida é curta
Ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido,se não tocamos o coração
das outras pessoas

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido á vida.
É o que faz com que ela
Não seja curta,
Nem longa de mais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira,pura...enquanto durar.

Cora  Coralina